Entidade que representa as indústrias de suplementos minerais prestigia posse do novo Chefe Geral da Embrapa Territorial e reafirma trabalho conjunto pela Pecuária brasileira
Uma aposta de parceria ainda mais forte em nome da produção de alimentos e da ocupação sustentável de todo o território brasileiro. Assim pode ser resumido o momento que reuniu a liderança da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM) e a nova direção da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Territorial, durante a oficialização do pesquisador Gustavo Spadotti à frente da instituição. O evento foi realizado em Campinas (SP), na sede Embrapa Territorial, na presença de inúmeras associações de classe, reitores das universidades do Estado de São Paulo, do corpo diretivo do Exército do Brasil, da deputada Teresa Cristina, ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de Andréia Maranhão, representante do atual comandante do MAPA, Marcos Pontes, e do Presidente da Embrapa, Celso Moretti.
O engenheiro agrônomo Gustavo Spadotti substituiu no início do ano o pesquisador Evaristo de Miranda, gestor do Centro de Pesquisa durante os últimos seis anos. Gustavo foi professor e pesquisador na área de insumos agropecuários, entrou na Embrapa em 2012 e trabalhou na área de competição de cultivares, sistemas de produção, rotação de culturas e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Na Embrapa Territorial, onde entrou em 2015, atuou em projetos sobre Macrologística Agropecuária, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Sistema de Inteligência e Gestão Territorial da Caatinga e dos Cerrados.
Evaristo de Miranda é Mestre e Doutor em Ecologia pela Universidade de Montpellier (França), publicou mais de 1.100 trabalhos e é autor e co-autor de mais de 50 livros. Pesquisador da Embrapa desde 1980, participou e coordenou mais de 40 projetos de pesquisa, implantou e dirigiu três centros nacionais de pesquisa. Foi professor da Universidade de São Paulo, presta assessoria para diversos organismos nacionais e internacionais, recebeu inúmeros prêmios e é membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Academia Nacional de Agricultura da SNA. Esteve à frente do centro de pesquisa em três períodos (início dos anos 2000 e de 2015 a 2021).
Os dois também têm uma história construída ao longo dos últimos anos ao lado da Asbram, o que motivou a presença do Presidente da Associação, Juliano Sabella, e da Vice-Presidente Executiva, Elizabeth Chagas, na cerimônia. Gustavo e Evaristo são velhos conhecidos, parceiros e inclusive já participaram de reuniões da Asbram e do Simpósio Nacional da Indústria do segmento. “A Embrapa Territorial faz um trabalho muito importante para o Brasil. Coleta, analisa e disponibiliza números e dados sobre a ocupação do território brasileiro. O que é um instrumento útil para a utilização e produção das cadeias produtivas do agronegócio do país. Uma ação que é extremamente proveitosa para as empresas de suplementos minerais. O trabalho realizado pelo Evaristo nestes anos foi maravilhoso e estamos muito contentes pela chegada do Gustavo. A Embrapa Territorial está em ótimas mãos”, apontou Elizabeth Chagas.
Evaristo de Miranda considera como maior contribuição de sua gestão os estudos que dimensionam o papel dos agricultores brasileiros na preservação do meio ambiente. “Hoje, sabemos que os produtores rurais são responsáveis por preservar 33% do território nacional em suas propriedades. Este trabalho é importante para desmistificar a visão de que o agricultor é o vilão do meio ambiente”, enfatizou. O legado de Evaristo de Miranda foi destacado pela deputada federal e ex-ministra Tereza Cristina. “O Mapa vai ficar mais afinado com o desenvolvimento de inteligência territorial, que é fundamental para chegarmos onde queremos. Assim, teremos respostas prontas e exatas para darmos aos que não acreditam na sustentabilidade brasileira”, disse.
Para o presidente da Embrapa, o diferencial do agro brasileiro está no uso de tecnologias e ciência. Transformou os cerrados de solo pobres em terras férteis, desenvolveu tecnologias de produção sustentável como ILPF, Fixação Biológica de Nitrogênio, Plantio Direto e Florestas Plantadas. “Alimentamos 800 milhões de pessoas e preservamos dois terços do território nacional. Não existe nada similar no mundo”, afirmou Moretti.
Em seu pronunciamento, Spadotti afirmou ter como objetivo manter a Embrapa Territorial como referência nacional e internacional na busca pelo desenvolvimento sustentável com equilíbrio entre sociedade, natureza e o aumento da produção competitiva de alimentos, fibras e energia para o Brasil e o mundo. “Vamos fortalecer o centro de pesquisa como instrumento estratégico para o Estado, o Agro e a Sociedade. Faremos entregas para solucionar problemas reais que os produtores enfrentam no dia a dia”, declarou. O mesmo objetivo central que norteia a atuação da direção da Asbram nos próximos anos. “Vamos trabalhar juntos. É ótimo saber que a Embrapa atua cada vez mais ao lado da iniciativa privada. Conversando, promovendo intercâmbios, proporcionando situações e aplicações que resultem em produção sustentável, eficiente e lucrativa para toda a cadeia e aos consumidores”, reforçou Juliano Sabella.